Em época de Páscoa, ressurreição e renovação, sete ideias que partem deste filme verdadeiramente inspirador.
1. O(s) caminho(s)
Viver é aceitar caminhar. Nos caminhos que a vida nos convida a trilhar e nos quais nos vamos (re)descobrindo. Caminhar com coragem, com convicção. Não num calcorrear mecânico, como quem aceita um fado, uma inevitabilidade, uma predestinação, mas numa atitude ativa, de quem ousa desafiar-se perante o caminho. Morre lentamente quem prefere, simplesmente, deixar a vida passar…
2. O(s) sentido(s)
Porque vamos por aqui? Caminhar é procurar sentidos, mesmo sem bússola, mesmo sem mapas… É cumprirmo-nos. Não no fim, mas ao longo de todo o caminho.
3. As pessoas
Podemos, por vezes, caminhar sós. Mas não tenhamos a ilusão de o podermos fazer sempre. A vida, feita de encontros e desencontros, é indubitavelmente relação. É reunião. E é nas e com as pessoas que nos acompanham (as que “escolhemos” e as que “aparecem”, as que “permanecem” e as que ficam “apenas um instante”) que nos podemos cumprir.
4. As perdas e os ganhos
Num caminho há sempre perdas e ganhos. Há perdas impostas, inestimáveis, dolorosas, que só o tempo pode ajudar a transformar em serena aceitação. Outras vezes é imprescindível que sejamos nós próprios a aliviar a carga que transportamos, a deitar fora o que já não conseguimos carregar. E a partir dessa “perda”, ganhamos novo fôlego e encontramos novo rumo.
5. As aprendizagens
Nenhum caminho é verdadeiramente caminho se não for feito de aprendizagens. Aprendemos com quem encontramos, com o que encontramos e com o que deixamos para trás. Aprendemos com cada obstáculo. Com cada desafio. Com cada passo. Quando nos superamos. Quando não nos permitimos desistir. Quando nos encontramos. Connosco e com os outros.
6. As paragens
O caminho não pode ser uma corrida. Por vezes é preciso parar para apreciar a paisagem. Procurar a beleza. Ver, e não apenas olhar. Serenar. Acalmar. Desacelerar. Respirar. Retomar.
7. E no fim do caminho?
No fim do caminho contempla o horizonte, congratula-te com cada passo dado e maravilha-te com a promessa redentora de uma nova caminhada.
Ilídia Cabral